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Desistir do ano letivo: não é uma boa opção

  • Foto do escritor: Luana Silva
    Luana Silva
  • 21 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 12 de out. de 2024

Aprendizagem é fundamental para estimular o ser humano


O novo modelo de educação remota imposto pela pandemia de coronavírus tem sido um desafio para professores, pais e alunos da educação infantil ao ensino superior. Entre as principais queixas estão a dificuldade de se adaptar. Algumas pessoas têm pensado até mesmo em interromper os estudos. Antonio Gouveia, coordenação do curso de Pedagogia da UNIFACS explica por que essa não é uma boa opção neste momento. 

Ele acredita que desistir do período na faculdade ao retirar a criança da escola pode acarretar na perda do ano letivo, o que é precipitado. “O primeiro ponto a se pensar é que estamos vivendo um cenário em que é tudo muito incerto. As medidas que foram adotadas visam resguardar a saúde das pessoas. Precisamos fazer um esforço pois essa não é uma questão opcional. Estamos sendo obrigados a viver isso e precisamos nos adaptar a essa realidade”, afirma Gouveia.

Ainda segundo ele, a educação é decisiva para o crescimento das pessoas, para saúde mental, emocional e cognitiva. “É essencial manter a mente estimulada para conseguir viver esse período tão difícil. A interrupção do processo escolar acarreta numa quebra do ciclo de produção da aprendizagem”, comenta o professor.

De acordo com Gouveia, a aprendizagem remota mediada pela tecnologia garante a construção cognitiva do conhecimento, da mesma forma que presencialmente. No entanto, é preciso haver um esforço do estudante, já que há elementos de distração, como televisão, pessoas conversando no mesmo ambiente e afins. 

Educação Infantil

Para as crianças, o aprendizado escolar é essencial para o estímulo ao desenvolvimento do sistema nervoso e sua interrupção pode acarretar possíveis retardos no desenvolvimento. “A interrupção gera o desinteresse e a perda de estímulo. A aprendizagem é crescente, processual. Ter uma escolarização anual e contínua é fundamental para o desenvolvimento neurocognitivo dos indivíduos”, explica Gouveia. 

De acordo com o professor, se a criança é tirada da escola agora futuramente será preciso repetir o ano. “Se a escola está mantendo a atividade remotamente o ano não é invalidado e a aprendizagem não é menor. Os professores estão se empenhando, às vezes, até mais que presencialmente. O mais recomendado é manter as crianças na escola no modelo remoto e estimulá-las”, sugere.

Educação Superior

Para aqueles que estão cursando o ensino superior há muito medo em relação ao mercado de trabalho com a crise gerada pela pandemia. Gouveia acredita que essa é uma insegurança que todo estudante universitário tem, em qualquer área. “Existem transformações sazonais, mas todas as profissões são necessárias. Acho que é uma preocupação que não precisa existir.  A interrupção dos estudos atrasa a formação dos profissionais e o mercado de trabalho está cada vez mais exigente”, ressalta. 

Além disso, ele destaca que a universidade oferece uma série de possibilidades na formação do profissional, desde estágio, formação complementar, pesquisa e iniciação científica. “O aluno vai ter uma série de possibilidades de investimento na sua profissão que vão dar a ele oportunidade de se qualificar para o mercado de trabalho”, completa Gouveia. 

“Desde o início da pandemia a UNIFACS se preocupou em manter um modelo muito próximo do que é praticado normalmente. É a mesma aula que seria no modelo presencial, mesmo horário, mesmo tempo de aula, apenas com o aparato tecnológico, para que o aluno não tenha prejuízo na sua formação”, explica o professor. Ainda segundo ele, esse formato não se equipara ao EAD, que é muito diferente. 

Texto escrito para a UNIFACS, cliente da Comunicativa.

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